A mobilização via Redes Sociais: uma carta na manga para a luta pelo resgate do Centro Histórico.
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Foto: Natal Antiga em Foco |
Há algumas publicações atrás, comentei sobre o belíssimo trabalho do auditor fiscal e artista potiguar Ronkaly Souza (@ronkalt) onde ele criou uma série de imagens por inteligência artificial, intitulada "Nova Ribeira" onde o centro histórico aparece todo restaurado e em uso. O trabalho dele chamou a atenção e reacendeu o debate sobre a importância da restauração e revitalização do centro histórico de Natal, abandonado há anos pelo poder público e praticamente esvaziado pela população.
As imagens mexeram com o saudosismo do potiguar e inundou as redes sociais com comentários e reações sobre as imagens, deixando aquele gostinho de "eu quero!". Porém, no texto eu comento que, apesar da comoção geral, a discussão sobre o resgate do centro histórico ao mesmo tempo que ganha força muito rápido, também é esquecido de forma repentina. Mas o trabalho de Ronkaly não teve tempo de ser esquecido.
A influente corretora de imóveis Michelle Lordão (@michellelordaosantos), sensibilizada com o apelo afetivo do trabalho de Ronkaly, publicou o projeto da "Nova Ribeira" em seu Instagram, aumentando significativamente o impacto do projeto nas redes sociais. Em 24 horas foram mais de 5.000 compartilhamentos, mais de 30.000 contas alcançadas e 873 comentários, incluindo a participação de autoridades como o Deputado General Girão (PL), Vereador Anderson Lopes (PSDB), Vereadora Nina Souza (PDT), além de representantes da iniciativa privada. Só quem não se pronunciou mesmo foi o Prefeito Álvaro Dias e a Governadora Fátima Bezerra.
A participação e engajamento de pessoas influentes como Michelle Lordão e Ronkaly Souza no debate sobre o resgate do centro histórico é extremamente importante, principalmente pela força de mobilização nas redes sociais e na capacidade de levar a discussão para círculos que muitas vezes não teriam a visibilidade do tamanho do debate em volta do tema. Muitas vezes essa discussão fica presa na academia ou entre círculo de pesquisadores e entidades culturais que, sem poder de engajamento, ficam acorrentados à ação das autoridades politicas, o que atrasa ainda mais a caminhada da causa. Em 24 horas Michelle e Ronkaly conseguiram alavancar o debate a um alcance que não era visto há muito tempo.
Agora, é daqui para frente e, apesar das redes sociais serem uma grande ferramenta para essa mobilização, ela não pode ficar restrita à internet. É preciso que as pessoas ocupem o centro histórico, participem das atividades de fomento ao resgate histórico-cultural de nossa cidade. Dia 2 de dezembro teremos a caminhada histórica (@festivalhistorico) e a participação de todos é extremamente importante, tanto para manter vivo o debate, quanto para ocupar os espaços e mostrar o potencial cultural que o centro histórico tem.
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